Sobre o NEG

O Núcleo de Estudos Gramaticais – NEG – surgiu em 1998 por iniciativa dos professores Carlos Mioto, Maria Cristina Figueiredo Silva, Ruth Elizabeth Vasconcelos Lopes e Roberta Pires de Oliveira, como um espaço aberto, embora sediado na UFSC, para congregar pesquisadores interessados em usar teorias formais para estudar as línguas naturais em seus diversos aspectos. Buscávamos, assim, fortalecer nacionalmente as abordagens formais, ainda tão pouco conhecidas no Brasil.

Nesses pouco mais de 20 anos de encontros, discussões, seminários, o núcleo formou vários alunos da iniciação científica, que tiveram aqui suas primeiras experiências no desenvolvimento de uma pesquisa científica sobre as línguas naturais. Formou também mestres e doutores, alguns atuando como professores na UFSC, alguns em outras instituições pelo Brasil. Até 2020, foram em torno de 60 iniciações científicas, 43 mestrados, 22 doutorados, 12 pós-doutorados.

Ao longo dos anos, alguns dos fundadores foram para outras instituições. Maria Cristina Figueiredo Silva foi para a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Ruth Elizabeth Vasconcelos Lopes para a Universidade de Campinas (Unicamp). Assim o N.E.G. ganhou um caráter interinstitucional, se caracterizando pelo interesse nas línguas naturais de um ponto de vista formal. Trabalhos desenvolvidos no núcleo, como os manuais didáticos de sintaxe e semântica, são reconhecidos e utilizados em instituições de todo o Brasil. Além disso

A importância nacional do trabalho desenvolvido no NEG pode ser medida pelas inúmeras publicações, em especial principalmente por dois manuais de introdução, ambos já reeditados e utilizados em diversos cursos – da graduação à pós-graduação – em outras universidades. São manuais para formação de pesquisadores em linguística formal, uma abordagem da linguagem que se caracteriza por ser científica: Novo Manual de Sintaxe de Carlos Mioto, Maria Cristina Figueiredo Silva e Ruth Elizabeth Vasconcellos Lopes e Semântica: uma introdução, de Roberta Pires de Oliveira. Manuais didáticos têm pelo menos dois papéis importantes na construção de um programa de pesquisa: permitem assentar suas bases no ensino de graduação e de pós-graduação e dão visibilidade externa para a pesquisa desenvolvida pelo núcleo, difundindo no nome da instituição. Mais recentemente, as professoras Roberta Pires de Oliveira e Sandra Quarezemin publicaram o livro Gramáticas na escola, mostrando como a linguística pode ser usada pelos professores de línguas na Educação Básica.

O NEG recebe pesquisadores visitantes do Brasil e do exterior, alguns em pós-doutoramento, além de participar de projetos de cooperação internacional. Roberta Pires de Oliveira coordenou, juntamente com Carmen Dobrovie-Sorin (CNRS/ LLF/Paris 7), o projeto de cooperação internacional Capes/Cofecub sobre os nominais nus; Carlos Mioto coordenou um convênio com a Universidade de Konstanz; Sandra Quarezemin coordena, em parceria com Francisco Ordóñez (Stony Brook University) e Andrés Saab (UBA/CONICET) o Projeto Romania Nova, da Associação de Linguística e Filologia da América Latina (ALFAL). Esses convênios e projetos permitem que nossos alunos e as nossas pesquisas transitem internacionalmente.

Professores pesquisadores como Adriana Belletti e Luigi Rizzi (Università degli Studi di Siena – Unisi), Angelika Kratzer (University of Massachusetts – Umass), Anna Cardinaletti (Università Ca’Foscari), Ian Roberts (University of Cambridge), Georg Kaiser (Universität Konstanz), Kai von Fintel (Massachusetts Institute of Technology-MIT), Juan Uriagereka e Paul Pietroski (University of Maryland), Claire Beyssade (Jean Nicol) são alguns dos que já visitaram o NEG.